quinta-feira, 8 de julho de 2010

Uma breve explicação

Este blogue nasce por acaso. Nasce porque me lembrei de experimentar umas tecnologias e vai daí e fiz um site
(http://sites.google.com/site/portugalculturaportuguesa),no qual, uma vez que não tinha mais assunto nenhum para seu conteúdo, resolvi colocar tudo que sei e me lembro sobre a cultura portuguesa, pessoas, obras, etc. Não por ser nacionalista, ou sofra de qualquer doença dessas, mas simplesmente porque sou português, gosto da nossa paisagem, cultura e de uma -boa - certa maneira de ser dos portugueses com a qual me identifico.

Ser português, para alguns é gritar golo da selecção de futebol, para outros, que às vezes também gostam de gritar golo, é muito mais. Eu gosto de ficar sufocado com o valor e exemplo de alguns portugueses, beber essa informação e ficar extasiado e porque não falar com quem me quiser ouvir sobre o assunto, partilhar e até divulgar e porque não, fugir à mediocridade, na qual me incluo, mas pretendo excluir-me?

Mas, não posso deixar de vos dizer que existem outras razões, que impulsionaram o tema.

Ultimamente, tenho-me encontrado com um autor português que puxou por mim. Fui pegando num, livro, após outro e esta vontade de admirar e querer saber e aprender vai crescendo e influenciando cada vez mais e eis-me aqui sem querer a escrever...

Pois, parece que ia, mas não me vou esquecer de vos dizer quem é o escritor, é o professor Fernando Campos, o qual escreve divinamente, não vale a pena imaginar-me ou fazer crer que sou um especialista literário, basta só dizer-vos que são livros escritos com um conteúdo tal que nos obriga a estar constantemente com o dicionário, a enciclopédia e tudo que pudermos consultar ao lado, não por ser difícil de entender, mas porque precisamos de acompanhar tanto saber. Aquilo que já li (A Casa do Pó, A Esmeralda Partida, A Sala das Perguntas, o Cavaleiro da Águia) é muito bom, mesmo. Tem um sabor especial, fala de grandes portugueses, de portugueses (sobre outros também) obriga-nos a reflectir, a querer saber, a ansiar ler outro livro de seguida que dê continuidade. Fala de reis, de príncipes, de politica de religião de povo, de costumes, de cheiros, sensações, descreve de uma maneira especialmente detalhada os locais, as pessoas, cheiros, sons, quase que sentimos que lá estamos presentes participando nos acontecimentos, faz-nos perceber porque somos e queremos ser portugueses, que, como dizem os historiadores (Oliveira Martins) não é uma questão de raça (a qual não possuímos, somos mestiços) mas sim por um querer, ou como diz o poeta Fernando Pessoa (causa é porque) a minha pátria é a língua portuguesa (leia-se também) a cultura portuguesa.

Não vou agora falar mais sobre este personagem, a seu tempo surgirá melhor e maior talento para o fazer, prometo.

Assim resta-me agradecer a paciência e participem, obrigado.

1 comentário:

  1. Tendo receio de ser injusta, porque é difícil de falar sobre Fernando Campos, vou só escudar-me nas sensações que este grande homem, ficcionista, cronista e investigador português me faz sentir sempre que leio um seu livro.
    Sensações e sentimentos tantas vezes escondidos mas sempre latentes. Dá vontade de abraçar cada uma das personagens, mas a história deixa-nos tão ávidos que é como uma viagem de comboio, vemos as árvores a passar mas não as conseguimos abraçar.
    Vezes sem conta me emocionei ao ler os seus livros, desde a “Casa do Pó” o mais lindo romance histórico de todos os tempos, A Esmeralda Partida, O cavaleiro da Águia, A Sala das Perguntas, A Ponte dos Suspiros, A Loja das duas esquinas.E,vezes sem conta dei comigo abraçada ao livro e a pensar como nos consegue transmitir a paz e a violência, o amor e o ódio, a ternura e a amizade, os odores da terra, o perfume das pessoas.
    Deixa o nosso imaginário galgar pela viagem adentro, ficando sempre com pena de não sermos nós também interveniente nas histórias fantáticas.
    Neste momento estou a ler o romance cheio de descrições fortes e rigorosas que é “O Psiché”.
    Um bem-haja a este nosso contemporâneo, maiato, e Deus permite que nos premeie com mais obras, que estonteiam os nossos sentidos

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